Homem matou dono de bar em Roselândia para vingar crime de 1996, diz filha

Segundo site de notícias Mais Goiás, filha do suspeito afirmou que sua mãe, então namorada na época, foi abusada pela vítima.

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Foto: Divulgação

O homem suspeito de matar o dono de um bar em Roselândia, distrito de Bela Vista de Goiás, durante o feriado de carnaval, cometeu o suposto crime para vingar outro crime ocorrido contra a então namorada, em 1996. A afirmação é da filha do suspeito e foi confirmada pelo advogado da família, Reginaldo Adorno, segundo o portal de notícias Mais Goiás.

No texto, ela detalha que a mãe foi estuprada quando era adolescente. “Aos 14 anos, em agosto de 1996, minha mãe foi estuprada por José Carlos (Zezin). Na época, ela já namorava meu pai, que tinha 17 anos. Além de ter cometido o crime, o José Carlos espalhou para todo mundo da comunidade de Roselândia sobre o caso como se fosse algo consensual, causando muita humilhação para minha mãe e para meu pai, que era seu namorado”, diz.

A filha do suspeito destacou ainda que sua mãe teria ficado grávida, mas eles não tinham condições de fazer o teste de DNA, à época. “No último sábado, após um longo dia de trabalho, meu pai chegou em casa, estava muito ansioso, tomou remédio para dormir, tomou cinco latas de cerveja, mas nada tirava a aflição dele”, continuou.

📝 Veja a íntegra do texto publicado pela filha do suspeito:

Temos ciência de que o que ele fez não foi, nem de longe, certo e muito menos adequado, e ele está disposto a responder e pagar por tudo que fez diante da Justiça. Mas, ele não estava conseguindo conviver com esse peso que o assombrou por tantos anos.

Aos 14 anos, em agosto de 1996, minha mãe foi estuprada por José Carlos (Zezin). Na época, ela já namorava meu pai, que tinha 17 anos. Além de ter cometido o crime, José Carlos espalhou para todo mundo da comunidade de Roselândia sobre o caso como se fosse algo consensual, causando muita humilhação para minha mãe e para meu pai, que era seu namorado. Devido a isto, e ao fato de que provavelmente não aconteceria nada caso denunciassem, porque para todo mundo tinha sido algo consensual, meu pai e mãe se mudaram para o município de Orizona, para se afastar o máximo do estuprador, e da comunidade… e tentar superar e esquecer o ocorrido.

Contudo, isso não foi possível, considerando que, bem na época, minha mãe engravidou do meu irmão, o que por muito tempo assombrou meu pai e minha mãe. Na época, eles nem tinham condições de fazer teste de DNA, que foi feito após alguns anos.

No último sábado, após um longo dia de trabalho, meu pai chegou em casa, estava muito ansioso, tomou remédio para dormir, tomou cinco latas de cerveja, mas nada tirava a aflição dele. Ele pegou a arma, registrada em seu nome, e saiu de casa pedindo desculpa à minha mãe. Ela ainda falou para ele não fazer nenhuma besteira. No dia seguinte, a polícia bateu na porta da minha mãe.