O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia contra o ex-prefeito de Cristianópolis, Jairinho, e outras cinco pessoas suspeitas de integrarem uma associação criminosa responsável por praticar crimes licitatórios e de inserir dados falsos em sistema informatizado e peculato-desvio (quando funcionário público desvia dinheiro, bens ou valores para uso diferente do previsto pela administração pública).
Segundo o MP, entre novembro de 2016 e dezembro de 2020, o então prefeito Jairo Gomes Pereira Júnior (Jairinho), dois ex-secretários, um ex-contador, uma ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação e a sócia-proprietária de uma empresa beneficiária de contratação ilegal com o município, se associaram para a prática dos crimes.
O promotor Tiago Santana Gonçalves afirmou que há provas e elementos de provas produzidos em inquérito civil público conduzido pelo MPGO que demonstraram a existência de um grupo criminoso formado para cometer delitos para desviar dinheiro em favor da única sócia-proprietária da empresa.
O promotor disse, ainda, que cada denunciado tinha suas atribuições e ajudou a cometer os crimes de fraude licitatória, inserção de informações falsas em sistema de informática e desvio do dinheiro público. Conforme o membro do MP, o prefeito tinha papel de destaque, promovendo e organizando o núcleo criminoso”, sendo o responsável pelo crime de contratação direta ilegal, fraude no caráter competitivo da licitação relacionado ao procedimento licitatório Carta Convite nº 9/2016″.
Histórico
Em outubro de 2019, o ex-prefeito chegou a ser preso durante operação deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP), da Polícia Civil. Naquela ocasião, assumiu o ex-prefeito da cidade, Edmar Borges, que ficou na cadeira por dois meses. Em janeiro de 2020, o ex-prefeito foi reconduzido ao cargo, que terminou no final daquele ano.
O espaço está aberto para a defesa do ex-prefeito.