A Prefeitura de Goiânia iniciou, nesta segunda-feira (31/03), o processo de desocupação das ruas e calçadas na região da 44, com a retirada dos ambulantes. Apesar disso, a operação ocorreu de forma tranquila. A ação tem como objetivo garantir maior mobilidade e reorganização do espaço urbano, proporcionando aos comerciantes um melhor acesso para seus clientes.
O prefeito Sandro Mabel (União) garantiu que foram apresentadas alternativas e tempo para que os ambulantes pudessem se reorganizar. Uma das opções é a realocação para a Feira Hippie, e outra é o aluguel de salas vazias em galerias já organizadas pela prefeitura, com o pagamento apenas do condomínio no primeiro mês.
“Nós temos uma cidade que está muito bagunçada, e eu sei que os ambulantes têm família e precisam trabalhar. Tanto que essa fiscalização não é uma surpresa, foi avisada há três meses. O que não pode é continuar como está, porque assim acabamos afastando os fregueses que vêm de outras cidades”, disse o prefeito.
O prefeito também destacou que, do jeito que está hoje, a concorrência é desleal, uma vez que os ambulantes não pagam impostos e vendem produtos mais baratos na porta dos comerciantes e lojistas que são contribuintes. “Quem insistir em ficar na rua, vamos reforçar a fiscalização com um olhar 24 horas. Está autorizado o recolhimento das mercadorias. O que queremos é a disciplina nesta região.”
A Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44) destaca que a ação da prefeitura é positiva e gera benefícios ao setor de compras da região. “A prefeitura está apenas aplicando o que determina o Código de Posturas do Município, mas sem negligenciar o aspecto social, já que oferece alternativas de novos espaços para os ambulantes trabalharem”, afirma a associação.
De acordo com a Secretaria Municipal de Gestão, Negócios e Parcerias (Segenp), metade dos ambulantes já aderiram a uma das duas alternativas. Apesar de a ação ter sido pacífica, no final da manhã houve um pequeno protesto de alguns ambulantes.