Motorista de carro de luxo dirigia bêbado quando matou vigilante na GO-020, conclui polícia

Segundo a investigação policial, o rapaz bebeu em cinco lugares diferentes antes do acidente


A Polícia Civil de Goiás (PCGO) concluiu que o motorista Antônio Scelzi Netto, de 25 anos, filho de um empresário em Goiânia, bebeu em cinco lugares diferentes antes de atropelar e matar o vigilante Clenilton Lemes Correia, de 38 anos. O acidente aconteceu na madrugada do dia 09 de junho na GO-020, em Goiânia, enquanto a vítima ia para o trabalho.

Em entrevista coletiva na quarta-feira (10/07), a delegada responsável pelo caso, Ana Cláudia Stoffel informou que o trajeto feito pelo motorista foi verificado com base nas imagens dos locais onde ele esteve e das informações nas comandas de consumo.

"Nós pudemos levar ao inquérito policial o fato de que Antônio estava embriagado no momento que aconteceu o delito. Nós temos, dentro do inquérito, toda a rotina do Antônio, desde as três horas da tarde do dia anterior até o horário que aconteceu o sinistro", declarou.

Segundo a investigação da polícia, o rapaz foi para um shopping da capital no dia anterior ao acidente (09/07). Ele esteve em dois restaurantes, das 15h27 às 20h59. Em seguida, foi para um pub, no Setor Marista, onde ficou até quase 2h de domingo.


Ainda de acordo com a investigação policial, o motorista saiu do pub e foi para um posto de combustível. De lá, ele seguiu para um bar, também no Setor Marista, onde permaneceu até às 4h57. Depois, foi para um fast food. O acidente aconteceu por volta das 5h10 do domingo.

A delegada também afirmou que os laudos da polícia indicam que Antônio também dirigia em alta velocidade. Com base no resultado do inquérito, a PCGO vai indiciá-lo por homicídio doloso, pois assumiu o risco ao dirigir embriagado, segundo a delegada. Antônio responde ao processo em liberdade.

Segundo a delegada, a Polícia Civil não vê necessidade em uma prisão imediata. "Ele vem participando de todos os atos do inquérito e não tem prejudicado as investigações. O que faremos é encaminhar todas essas provas junto com o relatório policial e a finalização do inquérito ao Poder Judiciário que dará continuidade do processo, através do Ministério Público e da Justiça", declarou.

A defesa de Antônio afirmou que teve acesso ao relatório policial. "Não sabemos os fundamentos científicos utilizados pela autoridade policial. Não houve contraditório. O senhor Antônio sequer foi ouvido. Ainda há provas periciais a serem realizadas que demonstrarão a verdadeira realidade dos fatos. Entendo que o indiciamento, nesse, estágio processual, é prematuro", disse o advogado.

Fonte: Com informações do G5 News | Fotos: Divulgação
Postagem Anterior Próxima Postagem