A corporação chegou até os garimpeiros por meio de denúncias de moradores da região, conhecida pelas atividades de extração ilegal de minério. Pascoal afirmou que os policiais precisaram percorrer três quilômetros a pé por dentro da mata para chegar na balsa, localizada em uma área de difícil acesso.
"A população informou que ouviram barulhos de balsa e, então, fomos procurar no meio da mata. Não tem outro jeito, o drone tem baixo alcance e, quando chega em determinado ponto, ele volta. O Rio do Peixe é estreito, com muita pedra, o que dificulta a navegabilidade. O jeito é entrar no mato e procurar até encontrar o garimpo", explicou.
Mesmo em plena atividade, a dupla foi liberada após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por atividade potencialmente poluidora, visto que não foi pego ouro em posse dos garimpeiros. O tenente-coronel explica que o flagrante é tão raro quanto o próprio minério, uma vez que a produção é recolhida diariamente pelo dono da balsa.
Os garimpeiros operavam a embarcação e, em troca, recebiam entre 5% e 10% da produtividade. A balsa usada na atividade clandestina, avaliada em R$ 80 mil, foi destruída pela corporação devido a dificuldade de removê-la do local. "A Legislação determina que tem que ser feita a destruição do objeto, caso não tenha como apreendê-lo, para que não seja reutilizado. Não tem como remover a balsa e por isso é preciso destruí-la", concluiu.
Fonte: Jornal Opção | Foto: PMGO