Reforma tributária pode pesar no orçamento das famílias, diz Ronaldo Caiado

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Na linha de frente de governadores contrários à reforma tributária, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB) alertou que a proposta apresentada pode pesar no orçamento das famílias brasileiras, sobretudo da classe média e baixa renda, com impacto direto na cesta básica. A declaração foi dada em entrevista a Rádio CBN Brasil, na manhã desta segunda-feira (04/07).

Caiado destacou simulação realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que projeta um aumento da tributação dos itens básicos de alimentação com índices que podem chegar a 70% no Centro-Oeste. A conclusão se baseia no possível aumento de custos para o comércio, os serviços e o agronegócio. “Precisam saber como as coisas acontecem nos estados e na vida das pessoas”, disse o governador de Goiás ao destacar preocupação com a falta de projeções que deem segurança aos estados e municípios.

O que carece é exatamente simulações consistentes para demonstrar tudo isso

Com a matéria em tramitação no Congresso Nacional, o chefe do Executivo goiano concentrou sua agenda em Brasília a partir de hoje. Ele avalia que o debate para formulação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) não incluiu setores que serão penalizados como o de serviços. “É o que mais emprega no Brasil. Só em Goiás, foi responsável por 53,8 mil novos postos formais de trabalho neste ano. Eles não foram chamados para discussão”, destacou.

Diferenças

Outro ponto criticado é a centralização de recursos com uma fórmula única, que desconsidera características regionais de um país da dimensão do Brasil. “É como se o cidadão estivesse morando só na União, onde não se produz um grão de milho ou de soja, onde não há um ganho de nada. E é quem vai dizer o que deve ser repassado para cada município”, ponderou.

A criação do cashback, que institui a devolução parte do imposto arrecadado a famílias inscritas no Cadastro Único, é mais um ponto que o governador ficou preocupado. “É algo que, ao invés de estimular a formalidade, a carteira assinada, vai fazer com que haja uma migração contrária”.

Ao expressar a preocupação, o governador frisou que não é contrário que os tributos brasileiros sejam revistos. “Eu não concordo com o conteúdo. Diferente de conceito. Conceito de reforma tributária é uma coisa, conteúdo é outra. Não existe nada mais atrasado do que concentração de recursos e de poder”, afirmou ao citar este ponto que para ele é temerário aos entes federados.

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Fonte: Secom Goiás | Foto: Hegnon Corrêa